Ao correr da pena,
enquanto escrevo,
vem ao meu pensamento tanta coisa que eu queria mudar!
Ao correr da pena, sinto pena de mim, de ti, de vós...não sei mais o que faça para que seja ouvido
nesta multidão onde estamos sós!
Ah! Se eu pudesse, com as minhas palavras mudar o mundo e colocar as coisas no seu lugar!
Ah! Se eu pudesse criar algo que fizesse teu coração amar...
Quebrar esse icebergue, minar a insensibilidade que passa, construir um perfeito Planeta
e n a órbita desse novo Cometa
purificar os Oceanos
e iluminar o coração dos humanos.
Ah! Se eu pudesse, com minhas palavras, matar ideias perversas
gerar a forma de vida projetada pelo Criador...
Ah! Se eu pudesse, matava a tua fome e a tua dor.
Ao correr da pena,
penso em ti, que longe, pensas como eu:
nos impotentes para mudar o mundo..
E enquanto escrevo, gravo em meu cérebro a âncora da minha fé,
vislumbro a gaivota da liberdade, a pomba da caridade,
que na fortaleza do leão,
levará o homem a encontrar a fonte da sua ciência,
revestido na pureza duma abelha,
na piedade de cegonha,
que rapidamente disponha
de um mundo com paciência, com fé
e de tudo o que se vêsaiba usar e dividir...
Porque a Obra que Deus fez é para o homem repartir!
Angelino Pereira
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