domingo, 28 de outubro de 2012




POEMA  TRISTE


Tantas Primaveras e quantos Natais...

Tantas alegrias que nos roubaram.

Se da família nos afastaram

Horas d’angústia,.. Esquecer ? Jamais!



Soneto triste, por que não mereço

Tanto disparate que de mim se diz

Pelo que outrora pela Pátria fiz

Heróis d’agora, não vos reconheço!


História venha, justiça se faça

E o tempo mostre quem tinha razão

Assim, todos saibam honrar Portugal.


Como os Combatentes em comunhão

Pelo seu valor, pela sua Raça

Alerta estavam, mesmo em Natal!



Angelino Pereira

Escrito, em 20-11-1990, para o jornal “Combatente” da Associação Nacional dos Combatentes






AI JESUS!
Deambulando pela rua,
Nesta verdade nua e crua
De mundo cruel,
Onde o vinho da vida é fel,
Soergui o tempo em meus passos,
Embasbacado de abraçoss e aplausos...
Que fazem o inexcedível,
Na reverberação da luz,
este semblante constante
Que recalca os meus dias: minha cruz.
E na circunspeção do meu tempo,
Não tenho senão caminhar,
Neste desalento que embasbaca
O mundo inteiro
E maltrata a vida. Ai Jesus!