quinta-feira, 5 de abril de 2012
ENCONTROS DE VIDAS
Nem só de pão vive o homem e para aqueles que devem receber um pão, é preferível dar-lhes metade e outra parte de cultura, porque de certeza se continuarem no mesmo estado vai permanecer a necessidade do pão de caridade, ou pior da piedade.
As crises sempre arrastam as pessoas para o analfabetismo o que torna sempre mais difícil a sua recuperação e desenvolvimento.
Em 1995, apresentei no Paço dos Duques de Bragança o meu primeiro livro de contos e poemas “No conto do meu poema”. Na capa deste livro se mostra uma homem caminhando para o seu trabalho de lancheira na mão onde transporta a marmita com o seu almoço.
Dezassete anos depois voltamos às mesmas necessidades. Afinal que fizeram os homens para melhorar a vida das pessoas?
Esperam com certeza por milagres, enquanto desperdiçam o que deve ser aproveitado para equilíbrio social!
Segundo Albert Einstein: “Existem apenas duas maneiras de ver a vida: Uma é pensar que não existem milagres e a outra é que tudo é um milagre.” Mas o mundo está cada vez mais desumanizado e, assim não dá. Assim, Deus não pode fazer milagres porque as pessoas não são números são gente e é preciso respeito pela pessoa humana.
Kant, escreveu: “as coisas têm preço as pessoas têm dignidade”.
“Encontros de vidas” é muito mais que isso!
A minha obra é com as pessoas e para as pessoas. É uma escrita de intervenção social e tenho pena que muitos não tenham ainda entendido o sentido dos textos: tempos reais de vidas do nosso tempo que sofrem, que choram e que riem à nossa volta...
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