quarta-feira, 24 de outubro de 2012

AH! SE EU PUDESSE!

Ao correr da pena,
enquanto escrevo,
vem ao meu pensamento tanta coisa que eu queria mudar!
Ao correr da pena, sinto pena de mim, de ti, de vós...
não sei mais o que faça para que seja ouvido
nesta multidão onde estamos sós!
Ah! Se eu pudesse, com as minhas palavras mudar o mundo e colocar as coisas no seu lugar!
Ah! Se eu pudesse criar algo que fizesse teu coração amar...
Quebrar esse icebergue, minar a insensibilidade que passa, construir um perfeito Planeta
e n a órbita desse novo Cometa
purificar os Oceanos
e iluminar o coração dos humanos.
Ah! Se eu pudesse, com minhas palavras, matar ideias perversas
gerar a forma de vida projetada pelo Criador...
Ah! Se eu pudesse, matava a tua fome e a tua dor.
Ao correr da pena,
penso em ti, que longe, pensas como eu:
nos impotentes para mudar o mundo..
E enquanto escrevo, gravo em meu cérebro a âncora da minha fé,
vislumbro a gaivota da liberdade, a pomba da caridade,
que na fortaleza do leão,
levará o homem a encontrar a fonte da sua ciência,
revestido na pureza duma abelha,
na piedade de cegonha,
que rapidamente disponha
de um mundo com paciência, com fé
e de tudo o que se vê
saiba usar e dividir...
Porque a Obra que Deus fez é para o homem repartir!



Angelino Pereira









Incerteza


Homem de hoje que cresce
em confusão desmedida,
onde a paz não floresce
e a morte sempre aparece
como solução de vida.

No homem mora o herói
num assassino lactente
e na injustiça que dói,
gera o ódio que corrói,
faz do fraco um valente.

Das mil e uma facetas
que a Natureza lhe dá,
nega razões concretas
renasce do que não há

Vive sem saber porquê
morre sem dar por nada
e do que enxerga e não vê,
renega no que mais crê
e acaba em nada de nada!

Angelino Pereira