domingo, 1 de abril de 2012

NO DESVENDAR UM POUCO O ROMANCE

“Será que o padre Alberto não sabia que Beatriz estava apaixonada pelo filho do Manél da Presa? Mas então o rapaz tinha outro amor para curar a dor do primeiro e, se o sabia, porque afastou Francisco da aldeia da Luz?” Ao mesmo tempo que ia fazendo conjeturas de vida, continuou a ler o que mais trazia de novo aquela carta extensa de saudade:

Meu amor…
Pediste‑me que te contasse!
O que conto?
Que o tempo é cruel e não passa…
Conto que tenho saudades de ti!
E mesmo no fel desta desgraça
Não m’arrependo do que senti!


O que conto?
Conto que muito gostava de te ver
Conto que tudo voltava a sorrir
E no conto de tanto te querer
Perdia o conto de te ver partir!

O que conto?

Conto que tenho dentro de mim
Algo de teu que mexe no meu ser
E neste conto de estar tão bem assim
Já te sinto em mim mesmo sem te ter!


Mas juro que mesmo que te conte
Tudo o que me apetece revelar…
Ainda fico com este grande conto
Quando contigo poder contar!


E conto:
Quero sorrir na frente do teu olhar
Um dia, uma hora ou até um minuto
Mas onde pudermos finalmente estar!
Com nosso amor e amado fruto.
..........
Havia um segredo na aldeia da Luz que possivelmente estava a causar um grande sofrimento, ou no mínimo, ansiedade e, com certeza, a preocupar Beatriz."


Um Romance carregado de emoções e poesia.
Só quem lê pode experimentar...

Abraço do autor.